terça-feira, 8 de setembro de 2009

Yoko Ono - Árvore dos Desejos


Instalação performatica composta por árvores onde as pessoas devem pendurar bilhetes com um pedido.faz parte das obras doadas por ela ao MAC-USP do Ibirapuera.Mas aqui expostas no Sesc Pompéia.Yoko Ono diz: "A idéia deriva de uma tradição japonesa que conheci na infância. Você tinha de escrever em um papel desejos relacionados apenas ao amor, à saúde e ao dinheiro e pendurá-los em uma árvore, que cresceria e levaria seu desejo para o alto. Nas minhas árvores cada um tem a livre escolha do seu desejo. Em Reykjavík, na Islândia, existe a Imagine Peace Tower, que inaugurei em 9 de outubro (aniversário de Lennon) em 2007. Então, todos os desejos eu mando para lá. Já encaminhei mais de 700 mil pedidos, mais de 50 mil só de São Paulo. Para mandar direto, coloque seu desejo em um envelope e mande para Imagine Peace Tower - P.O. Box 1009, 121 Reykjavík, Iceland. É a caixa postal do desejo. O método é 100% garantido. Por isso eu digo: tome cuidado com o que você deseja".Desde o advento da chamada Arte Conceitual e do movimento Fluxus nos anos1960, Yoko Ono tem sido considerada uma das principais artistas dessavertente. O questionamento sobre o lugar do artista na sociedade e aimportância do conceito em detrimento da concretude física de uma obra geraconseqüências altamente explosivas no universo artístico: a re-configuradavolta da anti-arte dadaísta, a aproximação entre arte e vida e a produção deobras que desafiam a noção de produto comercializável, como os happenings eas performances. "Cut Piece"(1964) foi uma performance na qual a artista convida a platéia masculina a cortarpartes de sua roupa enquanto permanecia em silêncio, podendo ser vista como aviolação e opressão à mulher. Yoko estabelece através de suas obras umdiálogo com o público/espectador, provocando-o. O gradual contato com a suapoética, as metáforas e exercícios de poesia, como as instruções que propõemsutis mudanças na ação e na consciência, nos conduziram para o mundosensível das palavras.Pensamos então que essasinstruções, no contexto da mediação, poderiam servir como provocaçõessensoriais a seduzir e convidar o outro a entrar em um novo ambiente.Imaginamos que as ações dos educadores no processo de mediação poderiamser permeadas por instruções com tonalidades poéticas, para intrigar eprovocar a percepção e a ação do público, instigando deslocamentos. Essas‘situações’ passaram a ser entendidas como um possível encadeamento deações, de performances.Na estratégia de mediação que seria a instrução.Nesse momento se estabeleceram as relações, pois as instruções se situam no âmbito conceitual, não são objetos nem instalações, elas provocam atitudes e reflexões.


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